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A Excalibur, a relíquia do poder. |
Olá meus drooguinhos, volto a vós depois de me perder no ócio das férias de inverno, na qual eu, pobre mortal me perco entre a preguiça e, em vez de explorar o meio que me cerca, desbravo os lençóis (não os maranhenses) mas os dos meu aposento, pois meu corpanzil sedento me impede a busca por aventuras.
As aventuras aventuradas nos lençóis, felizmente, me fizeram regredir aos áureos tempos de minha infância, que se resume as aventuras incansáveis a bordo de um video-game e os dedos desgastados, maltratados e embolhados pelo duro atrito do labor incessante das manetes que produziam os mais belos espetaculos comandados por uma criança obesa em seu Nautilus virtual.
Os games são expressão artística do desejo humano, são manifestações do alter-ego heróico que cada gamer tem dentro de sí. As manetes são verdadeiras excalibur's que faz dos que empunham super-homens, rompendo todas as fragilidades e transformando um mero mortal em um salvador de mundos. A sensação supra escrita não pode ser melhor descrita, embora alguns a tenham com indescritível, pois salvar o mundo sem sair da sala, levando de brinde um YOU WIN, é libertadora, podendo ser comparada a vitória na batalha de Jerusalém, sendo tal feito equiparado aos feitos de Ricardo o Coração de Leão e Saladino. Não obstante, estes êxitos não pode ser comparados ao feito da Conquista do Castelo de Browser pelo Super Mário, batalha reproduzida até os dias de hoje nos campos férteis do SNES.
Na minha tenra infância as manete, ou melhor Excalibur's eram objetos de poder que floreavam nas mãos dos mais hábeis guerreiros. Entretanto, na presente era tal relíquia vem sendo substituídas por software imateriais (dane-se o pleonasmo), programas sem botões, sem barramentos, placas ou chips, por fim, sem corações. A fonte de poder dos mais lendários Gamers vem sendo substituída por "coisas" que captam o movimento e transmitem ao universo sagrado da tela, colocando o jogador dentro do jogo. Tal avanço era esperado desde o século passado, época dos bravos guerreiros Gamers como eu, que esperava por consoles capacitados para captar meus movimentos dentro do jogo; não sabendo eu que esse avanço seria minha ruína.
Novo aplicativo de captura de movimentos. Repare no físico do jogador, pra joga isso é só atleta olímpico. |
Os novos aplicativos são legais, mas divertem por pouco tempo, pois depois de vinte minutos de uso nossos músculos sucumbem a falta de oxigenação, os pulmões não suportam a hiperventilação e o coração em centenas de pulsos pede arrego, causando em nós gamers sedentários alterações fisiológicas eletrolíticas que deixam impraticáveis nosso soldo. Forçando-nos a aposentar do campo de batalha, humilhados e largados pelos nossos tão amados consoles; será essa nossa tensa após tantos anos de trabalho? será esse o nosso fim?
Não sei, mas nosso desejo secular nos fez escravos dos nossos devaneios honíricos dominantes no presente momento. A captura de movimentos corporais pelos video-games não deixou escravizados pelos marombados que agora levam vantagem nos games devido ao preparo físico. E agora, o que nos reserva o destino? Será que voltará os áureos tempos das manetes? ou será que vamos ter que nos atletizar para jogar?.
Oh Nintendo! Oh Sony! Oh Microsoft! suplicamos, Salve-nos!
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