Beatlelando

Olá caros leitores venho a escrever-vos baboseiras cotiadianas pois, um dos motivos que me trazem a pena a mão, é o tédio que me consome nos dias ociosos, e já que escrever é uma ociosidade atarefada, venho compartilar com vocês a vagbundagem a que me enquadro. Aqui neste templo virtual do ócio será derramado todo tipo de sábias escrituras nonsense sobre os mais especifícos temas como cinema, música, e não sei mais nadavê. Desculpas antecipadas e bom estômago para as leituras.

O Blog é MEIO humorístico e alguns posts são inspirados em ícones (chavão melhor não há) da cultura old nerd. Não se surpreenda se encontrar aliterações do V de Vingança, a redundância e o pleonasmo do Jacob 2 2 e os neologismos em nadsat do Alex de Laranja mecânica.



terça-feira, 31 de julho de 2012

O além dos sonhos

E
Em meus sonhos
Surge
A marcha fúnebre
Romper nas trombetas
Notas roubadas das canções de ninar
As balas de limão inexoráveis
Como o chiclete eterno de Wonka
Exala seu amargor indelével
Em algum lugar além do arco-íris
Tesouros foram roubados
Junto ao azul do sol e os raios de luz
Em algum lugar além do arco-íris
No horizonte surge
Somente
A imagem das chaminés
A matéria dos tijolos
E a inexistência dos sonhos
Nas cabeças de palha
E nos corações galvanizados
Práticos
Feitos para não se partirem.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Eros e Caos

Vamos Louvar
O campo hadrônico
Dar assas a sua imaginação
Vamos louvar a flecha da coesão
Vamos entoar cantos ao electromagnetismo
E fazer disso uma religião
Vamos adorar o Caos
E seu processo de cisão
Vamos viver na escuridão
Vamos temer o Érebus e a Nix
Também sua união
O Thanatos
O Hypnos
E toda separação
Vamos voltar ao passado
Testar a retrocausalidade
E toda teoria da relatividade
Matar nossos avós
E destruir a física quântica
E a autoritária religião
Vamos transformar tudo em pó
Para  fundir em Trinitita
E contemplar o reflexo da extinta civilização
Vamos dinamitar nossas consciências
Excluindo o Ego e a ciência
Que não explica nada não
Vamos nos livrar dessa confusão
Vamos odiar nosso planeta
E suas eras glaciais
Vamos derreter o gelo do polo norte
E tomar banho de sol
Vamos louvar  a falácia
Em nome da ignorância. 

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Breve história da Democracia Montes Clarense

*Não é um texto de cunho científico, apenas um relato de fatos visíveis, empiricamente e criticamente analisados.

Casa da fazenda Montes Claros de Alferes José Lopes

Ultimamente o movimente anti-Tadeu vem ganhando forças. É gritante a insatisfação da população com o prefeito que foi eleito, reeleito inúmeras vezes. Parece um contrassenso, mas é explicável essas reeleiçoes sistemáticas de um politico, digamos, suspeito. Basta uma breve análise da história do coronelismo política de Montes Claros 

A região foi descoberta por bandeirantes. Antônio Gonçalves Figueira, bandeirante da expedição a essa região que conseguiu a sesmaria e tomou posse das terras. Não obtendo lucro com o comércio, vendeu as terras para o Alferes José Lopes de Carvalho que transformou a fazenda em cidade. Neste contexto surge a primeira família (Lopes) a figurar na política montes clarense.

Rapidamente a cidade começa a desenvolver, atraindo outras famílias e outros coronéis. No contexto político surge algumas famílias (Ribeiro, Versiani, Ataíde, Alves/Sarmento)  que dominam o curral eleitoral até os dias de hoje. Esses sobrenomes são facilmente encontrados na lista dos ex-prefeitos da cidade. Vejam:


Nome: José Pinheiro Neves
Período: 1832 a 1835
Nome: Padre Felipe P. de Carvalho
Perído:1836 a 1839
Nome: Cônego Antônio Gonçalves Chaves
Período: 1840 a 1851
Nome: Dr. Carlos José Versiani
Período: 1852 a 1868 e 1892 a 1894
Nome: Cel. Justino Andrade Câmara
Período: 1869 a 1873 e 1877 a 1880
Nome: Francisco Durães Coutinho
Período: 1873 a 1876
Nome: Alferes Antônio José Domingues
Período: 1877
Nome: Sílvio Teixeira de Carvalho
Período: 1881 a 1882
Nome: Joaquim Alves Sarmento
Período: 1883 a 1886
Nome: Pedro Araújo de Abreu
Período: 1887
Nome: Vítor Quirino de Souza
Período: 1888 a 1890
Nome: Camilo Philinto Prates
Período: 1890 a 1892
Nome: Celestino Soares da Cruz
Período: 1892 a 1893
Nome: Dr. Honorato José Alves
Período: 1893 a 1896 e 1905 a 1908
Nome: Major Simeão Ribeiro Pires
Período: 1897 a 1900
Nome: Padre Augusto Prudêncio da Silva
Período: 1901 a 1904
Nome: Dr. João José Alves
Período: 1909 a 1912 e 1917 a 1922
Nome: Cel. Joaquim José da Costa
Período: 1912 a 1916
Nome: Cel. Antônio Pereira dos Anjos
Período: 1923 a 1926
Nome: Dr. João Correia Machado
Período: 1927
Nome: Pedro Augusto Veloso
Período: 1928
Nome: Dr. Alfredo de Souza Coutinho
Período: 1928 a 1931
Nome: Orlando Ferreira Pinto
Período: 1931 a 1932
Nome: Cel. João Martins da Silva Maia
Período: 1932 a 1933
Nome: Carlos Pereira dos Santos
Período: 1933 a 1934
Nome: Mário Versiani Veloso
Período: 08.03.1934 a 24.05.1934
Nome: Floriano Neiva de Siqueira Torres
Período: 1934 a 1935
Nome: Dr. José Antônio Saraiva
Período: 1935 a 1936
Nome: Dr. Antônio Teixeira de Carvalho
Período: 1937 a 1942
Nome: Dr. Alfeu Gonçalves de Quadros
Período: 1942 a 1947 e 1950 a 1955
Nome: Professor Athos Braga
Período: 1948
Nome: Carlos Leite
Período: 1949
Nome: Capitão Enéas Mineiro de Souza
Período: 1951 a 1954
Nome: João Lopes Martins
Período: 1954
Nome: Dr. João F. Pimenta
Período: 1955 a 1956
Nome: Dr. Geraldo Athayde
Período: 1957 a 1958
Nome: Dr. Simeão Ribeiro Pires
Período: 1959 a 1962
Nome: José Maia Sobrinho
Período: 1962
Nome: Dr. Pedro Santos
Período: 1963 a 1965 e 1971 a 1972
Nome: Antônio Lafetá Rebello
Período: 1966 a 1970 e 1977 a 1982
Nome: Dr. Moacir Lopes
Período: 1973 a 1975
Nome: Ivanir Pereira (Substituiu o pref. Moacir Lopes)
Período: 1976
Nome: Dr. Mário Ribeiro da Silveira
Período: 1989 a 1992
Nome: Luiz Tadeu Leite
Período: 1983 a 1988 e 1993 a 1996
Nome: Jairo Ataíde Vieira
Período: 1997 a 2000 e 2001 a 2004
Nome: Athos Avelino Perira
Período: 2005 a 2008


Parece engraçado, mas passado a coroa, a república-velha, o estado novo, o populismo, a ditadura e por fim a "democracia" os governantes montes clarenses são os mesmos. Teoricamente, o coronelismo teve seu fim no estado novo, mas em Nossa cidade perdura até os dias de hoje. Se analisarmos os seis últimos prefeitos, veremos que são descendentes dos latifundiários do passado.

Nas últimas décadas surgiu uma anomalia. Luiz Tadeu Leite. O atual prefeito não é da linhagem do coronelismo, mas conquistou o poder através da manipulação das massas, através do rádio. A manipulação pela imprensa marrom Montes Clarense é antiga. Começou em 1880, quando o Cel. Eusébio Sarmento (Esse é Militar mesmo, descendente dos militares portugueses Morais Sarmento que vieram com a coroa e ficaram no Brasil) comprou uma tipografia e produzia um jornal para as classes operaria e agricultora; curiosamente seu parente Capitão Joaquim Alves Sarmento foi eleito no período de publicação do jornal (Militares não eram bem vistos pela população, a eleição deles nesses tempos era complicada).

Então a história se repete e os culpados somos nós. Não adianta reclamar, votamos sempre nas mesmas pessoas e somos manipulados pelas mesmas vozes. Em Montes Claros só é prefeito quem tem sangue de coronel (Ribeiros, Lopes, Alves, Rebellos, Ataídes etcs), ou quem usa os meios de comunicação para alcançar as massas (Luis Tadeu Leite, dono da Rádio Terra; Dep. Humberto Souto, dono da rádio Educadora AM; Ruy Muniz, dono da rádio expressão).

ENTÃO parem de fazer campanha anti-tadeu no Twitter e votem conscientemente (kkk). Nossos próximos candidatos serão: Ruy Muniz (Rádio expressão, Funorte), Tadeu (Radio Terra), Jairo Ataíde (Os foderosos Ataídes que dão nome a meia cidade), Humberto Souto ou Athos (inelegível Ficha suja) pelo PPS (Rádio Educadora).
E AGORA JOSÉ? Votar como?
Viva a demoniocracia

Conclusão: Passado coronelismo, ditadura e democracia, não mudou nada, só a forma de manipular.

Antes era no chicote, agora é pelas mídias.


No link abaixo vcs encontrarão toda a estória da cidade, de forma imparcial, nos moldes dos historiadores. Basta um pouquinho de senso crítico pra saber que essa baboseira que postei é verdade.


quinta-feira, 22 de março de 2012

I Have a dream

 



Eu tenho um sonho
Todo homem sem distinção de raça
Gênero, credo, classe, reino
"Filo", "Ordem", "Espécie"
E demais baboseiras que inventam para se auto-separar,
Sejam desintegrados por raios Tesla
Reduzidos ao pó
Ao pior
Ao menor nível
A escala subatômica
A massa desprezível
Assim todos serão iguais
E o Papa será
O elétron mais importante do cinzeiro

segunda-feira, 19 de março de 2012

As flores do Mal

 


E derrepente
o mundo te deixa rosas
As flores de Baudelaire
Aflorações de sentimentos póstumos
Alegrias de amores mortos
E o ofalto olfato
Sente o cheiro das flores de plástico
Frias como Ártico
Indeléveis e ásperas
Imortais
Cintilantes Valquírias
Flores do Mal


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Anti-poesia (O nonsense, o Eu e o mundo)

A beleza e a leveza da poesia
Sucumbe a meu anti-poético
Linhas de um beat profético
Gênese de minha Euforia

Desconstrução nonsense
Sentido, nesse mundo não há
Inspiração, como acha-la
Escreva, desabafe, não pense

Em meio a desordem do caos
Os versos explodem, somem,
Ao furor visceral do abdômen
Surge um ímpeto de J. Strauss

Apenas ímpeto, sentimentos
Nonsense a correr pelos pelos
Estes, impossível descrevê-los
Apenas sei que são tremendos

Sentimentos não bonitos
Muito menos poéticos
Horror anti-poético
Que se escreve aos vômitos

Vomite o que do mundo absorve
O que do homem aprende
E em solidão e dor te prende
A sujeira que tens escove!

O homem não é mais belo
Belezas acabaram em Parnassus
Poesia e belo não são sinônimos
Nonsense antipoético, esse é meu elo

A ligação do Eu e o mundo
A  adaptação, a homeostasia
Mesmo com toda apostasia
E a percepção do desamor profundo.




segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Rimas pobres em pobre dia

Hoje o Dia ficou meio Chet Baker
Bem My Funny Valentine
Lento mas estridente como Trumpet
Triste ao bombear o ar pelos pistos
Pelos pulmões
Respirar doí
Cada nota doí
E cada nota cura a dor
E eleva a dor
E ameniza a dor
E a música é dor
E consolo
Assim a dor se esvai
A  tristeza vai
A cada nota
A cada soar da campânula
Podemos ficar em paz
Em paz

Mas Hoje
O dia ficou meio Chet Baker



Meu avô está revirando no túmulo. Isso é um festival de rimas pobres, irregulares, sem ritmo nem métrica. Ultimamente nem rimo, métrica nem tento. Mas, assim consigo expressar melhor, mesmo quando escrevo trivialidades com Master Grill e afins. O mundo é muito louco. Acho que to ficando louco. É difícil relacionar com as pessoas. Tá difícil pra mim, talvez isso seja o motivo de todo esse nonsense. Mas, ao menos consegui escrever algo não nonsense, como nos velhos tempos que não sabia nada.